História
das Mil Milhas de Interlagos
Disputada
desde 1956, a "Mil Milhas Brasileiras" é uma de
nossas mais importantes corridas. Ela não foi a
primeira corrida de automóveis a ser disputada no
país, tampouco a de maior projeção internacional,
mas se o critério de importância for definido pela
tradição, a Mil Milhas Brasileiras não têm
concorrente.
Com
largada à noite e chegada durante o dia, em suas
quase 12 horas (em média) de duração, ela põe à
prova pilotos, que se revezam ao volante, e
automóveis, que são submetidos a um severo teste de
durabilidade...
As
competições automobilísticas já aconteciam no Brasil
desde 1908 quando, em um circuito de rua, Sylvio
Alvares Penteado venceu com um Fiat de 40 cv. a
primeira prova realizada em São Paulo. Outro marco
significativo, foi o Circuito da Gávea, no Rio de
Janeiro, o famoso Trampolim do Diabo , que reinou de
1933 a 1954. Em São Paulo o circuito de Interlagos
já funcionava desde 1940, mas ganhou projeção
nacional com a prim8eira Mil Milhas Brasileiras.
Eloy Gogliano,
fundador do Centauro Motor Clube, e Wilson
Fittipaldi (pai de Emerson e Wilson), então diretor
de esportes da Rádio Panamericana, de SP, foram os
idealizadores da corrida, inspirada na famosa Mille
Miglia italiana. Para dar clima à corrida, Wilson
foi ao sul do País e convidou os pilotos gaúchos,
eternos desafetos dos paulistas, a correr em
Interlagos com suas carreteras. A largada foi à meia
noite do dia 24 de novembro de 1956. As 201 voltas
no antigo traçado de Interlagos, totalizavam
exatamente mil milhas (1.609 quilômetros) e os
vencedores, os gaúchos Catarino Andreatta e Breno
Fornari, com uma carretera Ford 1940, completaram a
prova em 16h12m.
Em segundo chegou um Fusca 1952,
com motor Porsche 1.500 de 74 cv de potência,
pilotado pelos paulistas Christian Heins e Eugênio
Martins.
Nos primeiros anos da prova,
alguns pilotos se aproveitavam da pouca visibilidade
que os fiscais tinham a partir dos boxes, à noite, e
usavam um atalho que os levava diretamente da Curva1
para a Curva do Sol, comendo quase meia volta do
antigo traçado.
A competição sofreu algumas
interrupções. A maior delas ocorreu entre 1973 e
1981. Em 1992, depois de uma ausência de 25 anos,
voltaram os carros importados. Uma BMW M3, pilotada
pelo brasileiro Klaus Heitkotter e pelos alemães
Jurgen Weiss e Mark Gindorf, venceu. Nos anos de
1995 e 1996, a prova ficou estrangulada no
calendário, após o GP Brasil de F1.
Em 1998 o ex-piloto Toninho de
Souza assumiu a organização da prova e conseguiu
colocar o evento como parte do calendário oficial
das comemorações do aniversário de São Paulo e até
do calendário internacional da FIA. A data, agora,
não muda mais. A PARTIR DE 2007 ENTROU NO
CALENDÁRIO DA LE-MANS PELA FIA |